domingo, 27 de janeiro de 2008

que eu acho que a marginalidade mesmo,
é um querer.
ela humaniza as pessoas. eu acho que sim.
é como assistir uma peça.
ela te leva ao fundo do fundo do que você não sabe o que você é.
e ensina da mediocridade de ser.

aquela história do xadrez com a morte.
acho que é por aí...

domingo, 20 de janeiro de 2008

estou cansada de derrubar miçangas no tapete.
elas estão lá, todas arrumadas, quietas.
e de repente eu mesma chuto sem querer todas elas.
espalham-se pelo tapete felpudo,

eu caio.

e recolho todas, uma a uma, novamente.

estou pensando em uma nova arrumação para o quarto

talvez paredes novas

cores novas

e novas palavras,


coisa qualquer que não me lembre.


domingo, 13 de janeiro de 2008

às vezes me vem uma
sua vi da de
como no dia em que sentei
no corredor do silêncio
e escrevi que ainda havia dança em mim.

meu corpo ele diz o que as palavras não dizem
é como escrever poesia no ar.

hoje meu corpo escreveu na chuva.
chuva de verão. gotas pesadas.
e eu dancei e cantei
celebrando
alguma coisa que não sei,
seis paredes e a vontade de gritar
miçangas, recortes e flores mortas pelo chão.
e a lua chama pra noite,
- uma tequila, por favor!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

rasguei os versos em branco e preto,
para pintar de vermelho o que fala de mim.

[escorreu pelos olhos, boca, seio, umbigo, pêlos]

enfiei na minha carne uma agulha,
pra ela me desenhar.

e a dor não foi muita.
já senti maior.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008



a vida é dura

e bate na gente.

quando a gente mais se distrai,

ela vem com um golpe novo.


e é muito pensamento pra ficar na cabeça.

se guardar tudo, a gente explode.